domingo, 2 de junho de 2019

Northlanders - Os 10 anos de Cícero

Entre atos da campanha de Forgotten Realms chamada Northlanders. Esse campanha possui Cícero (humano, ladino) liderando um grupo de heróis para impedir o ressurgimento do deus Bhaal.

Northlanders - Os 10 anos de Cícero

I - DECEPÇÃO E DISFARCE

Logo após encerrar o acordo com os demais Northlanders, Cícero decide que é hora de colocar o pé na estrada. Sua decepção com o resultado da campanha, as incontáveis mortes, e o pior... os pesadelos com Bhaal assumindo o controle do seu corpo, tudo o faz querer abandonar para sempre a vida de aventureiro. Precavido, ele decide preparar um disfarce como nunca antes tinha feito, para durar uma década. Se algum dos Northlanders o pedir, ele também ajudará com algumas orientações para eles se disfarçarem.

Depois de ajudar a todos, ele secretamente monta o seu disfarce, para quem ninguém mesmo saiba que ele continua vivo - nem mesmo um companheiro o reconheceria. Se antes ele usava cabelos compridos, barba e chapéu, agora ele assume outro aspecto. Ele raspa seu cabelo e, para “esconder” a marca de Bhaal no peito, ele cobre seu corpo com tatuagens. Seu rosto passa a ser meio tatuado, pescoço, tronco, pernas e braços. As tatuagens são sempre em forma de objetos, lugares e pessoas que ele conheceu durante suas aventuras - mas nada explícito, ou evidente demais. A figura de uma flor que cresce na mata de Floresta Alta, a lâmina da primeira adaga que ele manuseou nas ruas de Aguas Profundas quando criança, o brasão estilizado de uma casa anã do Salão de Mithral, uma runa turami que significa “amigo”, uma lâmpada mágica que lembra os Efrettis de Calim.

TODOS os seus equipamentos básicos, roupas e mochilas, foram trocados por novos, diferentes. Suas armas mágicas e itens poderosos - o Sabre das Chamas de Valen e Adbel, a Adaga de Silverlance, o Anel da Queda Suave - foram enrolados em panos e presos na sua mochila durante suas viagens. O Sabre das Chamas (em seu novo formato) é apenas conhecido pelo Homem de Mil Faces e pelos Northlanders, então não seria problema se ele fosse usado fora de Calimsham para proteger o herói. Porém, nunca mais as palavras “Gladius Ignem” foram ouvidas... As chamas ficariam escondidas por muito tempo.

II - OS FRUTOS DO AMOR DE IVANA

A viagem de Calimsham até sua casa, em Lua Argentea, foi a mais dura da vida de Cícero. Abatido, decepcionado e sem seus companheiros, cada passo teve o peso de uma bigorna anã. Ele não lembrava de ter viajado sozinho antes, pois sempre viveu em sociedade, e com os Northlanders. A solidão era uma maldição para o ladino, muito pior que a marca de Bhaal. Mas ele seguiu. E, quando chegou em Lua Argentea, foi recompensado. Nos braços de Ivana ele se reencontrou. Como homem, como pessoa, como herói. E as habilidades que ela também tem como ladina os ajudaram a mantê-lo desapercebido por muitos e muitos anos - vivendo as custas de uma simples tecelagem. Ivana logo engravidou, curiosamente de gêmeos, duas meninas chamadas Júlia e Helena. Durante 8 longos anos Cícero viveu como pai, marido e se permitiu esquecer de tudo o que havia acontecido.

As milhares de peças de ouro que ele acumulou por tanto tempo foram investidas em terras, mas as vezes serviram para pagar por uma rede gigantesca em toda Faerun de informações e boatos. Uma forma que ele e Ivana tinham de saber sobre o que estava acontecendo na Guerra entre os Anões e Águas Profundas, e quem sabe identificar pistas do paradeiro do Homem de Mil Faces.

III - RESOLVENDO UMA DÍVIDA FAMILIAR

Entre os boatos que surgiram, muitos chamavam a atenção de Cícero. Mas, apesar disso, ele estava determinado a deixar todos de lado para viver em paz. Até que, um dia, ele não pode olhar para o lado e dizer não. Seu pai e irmão, Marco Aurélio e Sêneca, segundo descrições dos seus informantes, haviam organizado uma Guilda de Ladrões, e se auto-proclamaram "Os 88 Insanos”. Eles roubavam de outros ladrões, e deixavam um rastro de sangue onde iam. Os rumores falavam de pai e filho, que usavam da inteligência e do caos para tomar o que quisessem. Cícero decidiu partir e investigar sozinho. Levou vários meses para desmantelar toda a guilda, usando mais de manobras psicológicas do que mortes.

A propósito, agora Cícero tomava muito cuidado na hora de matar alguém, e só o fazia em último caso. Bhaal poderia estar de olho nele, e ele não queria chamar sua atenção. Mas afinal, não é preciso matar para derrotar seus adversários. O desfecho da história de seu pai e irmão foi decidido por eles mesmos. Desconfiados um do outro, (enquanto Cicero jogava seus soldados um contra o outro) pai e filho acabaram se matando. Em um jantar, Sêneca cravou sua adaga no coração do seu pai, sem saber que o vinho que havia bebido estava mortalmente envenenado. Quando encontrou os dois, Cicero fez questão de queimar seus corpos, para permitir a fumaça levasse suas almas a Kelemvor, ao Juiz.

IV - O MESTRE E CONSELHEIRO

Laeral era a mais maleável das Sete Irmãs, e saberia como guardar segredo. Por isso, nos últimos cinco anos ele tem mantido contato com ela. Sempre disfarçados, os dois se encontram para tratar de assuntos importantes e vitais para Faerun. Ele decidiu servir aos interesses dela como um Conselheiro, usando da sua experiência para mediar e negociar. Muitas das mortes que se evitaram durante a Guerra entre Salão de Mithal e Águas Profundas foram de esquemas montados por Laeral e Cícero. E alguns deles ele fez questão de participar, disfarçado como um agente comum.

Ele descobriu uma academia onde ela treinava jovens ladinos para serem agentes, e Cícero foi chamado para ser professor. Passou anos ensinando aos ladinos quando atacar, quando fugir, quando esconder-se. A arte de manusear uma arma ágil. E, o mais importante, quando poupar uma vida.

V - LAÇOS E REENCONTROS

Nos últimos meses que antecediam o encontro, Cícero se despediu de Ivana, Helena e Júlia e viajou para reencontrar seus mais queridos amigos: Doren e Silverlance de Floresta Alta, Haldir o Capitão Ranger, Alustriel, Laeral, e tantos outros, até chegar em Kala. Mas nenhum Northlander. No reino turami, passou os dois últimos meses aguardando para o tão esperado encontro, e pode compartilhar com Kala o que ambos sabiam sobre Rafiki e seus feitos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Campanha - O Velado Despertar - Randal Faransir

         Seguindo a série de posts sobre nossa nova campanha, hoje vou apresentar a vocês mais um dos personagens, Randal Faransir, um espadachim filho de um rico mecador que pode canalizar magias através de sua espada.

Randal Faransir

Era um dia de céu claro e poucas nuvens, quando Elliot Faransir e Eleanor Faransir deram aquela grande festa. Pessoas de várias cidades e vilarejos de Sembia se reuniam na mansão do grande comerciante, localizada em Daerlun. Aquela celebração tinha um motivo especial: O primeiro filho do casal, Randal Faransir.
Elliot era tido como um dos comerciantes de maior sucesso de Sembia, tendo negócios com todas as cidades do Reino, caravanas e até mesmo com os magos vermelhos, cujos negócios eram mais estáveis e menos tensos do que com a maioria dos outros comerciantes. Tudo graças a grande habilidade de relacionamento de Elliot. Ele fazia com que todos que conversassem com ele se sentissem a vontade, mas apesar de seu carisma e bondade haviam aqueles que invejavam seu status. Alguns comerciantes viam seus negócios perderem força quando competiam com ele, isso fez com que vários o vissem como rival e até mesmo criassem uma inimizade hostil. 
Um deles se chamava Laudir Glacians e diferenciava-se da maioria por ser também um dos grandes comerciantes de Sembia e concorrer diretamente no comércio de itens mágicos, ele era um homem ganancioso e queria expandir seus negócios a todo custo. Boatos diziam que ele era capaz de atos maléficos, como mandar ladinos e mercenários atacarem caravanas rivais, rouba-los e até mesmo assassiná-los.
Neste cenário que Randal fora criado, teve uma vida em que não lhe faltou nada. Teve educação particular, um soldado da guarda como tutor e quando Randal completou 12 anos começou a treiná-lo na arte do combate. Seu nome era Arthur Godwell, um soldado veterano e aposentado, muito amigo de Elliot. Muito curioso, Randal sempre pedia para o pai para acompanhá-lo nas negociações sempre que possível e sempre mexia nas mercadorias, com ou sem consentimento do pai. Aprendeu sobre as pessoas do reino, aprendendo como respeitá-las e que sempre deveria querer o bem delas, pois graças a elas e , claro, a Tymora que os negócios iam bem. Quando completou 14 anos sua mãe, Eleanor Faransir faleceu por causa da pneumonia, fato que chocou muito a família e a população.
Foi nessa época que Randal, procurando algo ao qual se refugiar, se apaixonou pelas artes arcanas. Sempre acompanhando os negócios do pai com os magos vermelhos, Randal fascinava-se com o jeito de agir e de se vestir daquelas figuras. Quando via os itens mágicos funcionando então, era com pura alegria. Pediu ao pai que lhe desse algum material ao qual pudesse consultar para que pudesse saber mais, seu pai não vendo problemas o presenteou com livros que comprou diretamente dos magos. Em apenas quatro anos de estudo, Randal já havia dominado a arte arcana em sua essência e  conseguiu combiná-la com as artes da guerra que aprendida com Arthur.


Uma semana depois de completar 18 anos, Randal foi em uma viagem com Arthur, para conhecer as redondezas e ter algumas experiências “adultas”, conforme seu pai dissera. No caminho de volta sua carroça foi atacada por ladrões, que atearam fogo nela e os atacaram. Arthur conseguiu pular, mas Randal não pulou a tempo e acabou caindo em um barranco com a carroça.
Quando ele acordou já era noite. Levantou confuso e, aos trancos e barrancos, tentou achar o caminho de casa. Dois dias depois chegou em sua casa, cansado e faminto. Ao se deparar com conhecidos ficara sabendo que estava rolando um boato de que ele tinha morrido no ataque e que com isso seu pai havia se suicidado. Não acreditando, ficou em choque. 
Algumas horas depois Arthur o encontrou, o abraçou e disse que precisava falar com ele com urgência. Ao entrarem em um aposento seguro, Arthur disse que tudo foi armação de Laudir. O plano era matar Randal e depois forjar um suicídio de Elliot. Mas Arthur havia descoberto que seu pai fora encontrado morto antes mesmo do ataque a carroça acontecer e que emissários que já haviam sido vistos com Laudir, foram vistos ao redor da casa momentos antes do “suicídio”. Randal, enfurecido, prometeu a Arthur que traria a justiça. Laudir não poderia ficar impune dessa. Ele investigaria e colocaria Laudir em seu devido lugar, junto com assassinos e ladrões. Assim Randal começou sua jornada.

Créditos da história: Vinicius Masiero


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Campanha - O Velado Despertar - Baltazar

     Meus caros, começamos a alguns meses essa nova campanha, comigo mestrando. Ela é ambientada em Sembia, um reino de Forgotten Realms, conhecido pelo seu comércio feroz e temerário, características que se refletem na população, sempre procurando formas de obter lucro. Primeiramente vou apresentar os personagens, começaremos pelo Baltazar, guerreiro e ferreiro.

Baltazar
         Baltazar é filho de Miguel e Ana, um casal camponês de Sembia. Miguel e Ana possuem uma propriedade rural onde residem e vivem do cultivo de hortaliças e mato de corte. O fruto de seus trabalhos é vendido para mercadores.Não satisfeito com a rotina da vida no campo, Baltazar partiu para a cidade. Comprou um velho saloon em uma das esquinas da via principal, reformou e o transformou em uma forjaria. Estava decidido, seria um fabricante de armas.
        Ele vive em sua forjaria. Uma boa construção de 2 andares. No térreo tem sua forja, seus instrumentos; um amplo salão com uma lareira, algumas poltronas resquícios do bar que incluem inclusive um pequeno balcão; um depósito de materiais; um banheiro (quarto de águas) e um depósito vazio, reservado para guardar armas, quando e se, um dia, Baltazar resolver trabalhar mais e criar um estoque. Por hora, Baltazar está bem realizando um trabalho por vez. Consegue viver razoavelmente bem e tem bastante tempo livre. Uma maravilha para um jovem solteiro.
           Aos fundos, junto à forja, há um pequeno estábulo onde Baltazar mantém um cavalo negro. Cavalo esse que veio com ele lá da fazendinha do seu Miguel e da dona Ana. No segundo andar fica o quarto. Uma peça ampla, com pouca mobília e uma cama. Um tapete de pele de urso torna o chão de madeira mais aconchegante.
         Baltazar é frequentador das tavernas de Sembia. Ora para beber no balcão, jogar conversa fora e paquerar meretrizes; ora apenas para comprar um barril de cerveja e apreciá-lo no conforto de sua casa. Mas, apesar da boa vida que leva, ele almeja ser mais que um simples armeiro. Ainda quer conhecer o mundo e um dia ser tão hábil na lida com a espada quanto é na sua confecção. Baltazar quer ser herói.

             Créditos da História: Márcio Uebel Caparreli de Andrade (jogador do Baltazar)



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