domingo, 2 de maio de 2010

O preludio de Brumm parte 1

Abaixo teremos a primeira de duas partes, da História de Brumm ColinaRei, personagem da campanha que pausamos agora.

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O julgamento.

Em um salão de mármore branco abobadado, um jovem extremamente alto e corpulento, vestindo um camisão de cota de malha já surrado e antiquado a ponto de pertencer a uma coleção de algum nobre e com uma espada embainhada disposta ao seu lado no chão de granito negro.
O jovem beirava cerca de vinte anos e como muitos que ali pisaram buscava o reconhecimento de sua casa como nobre de Solamnia e sua entrada na cavalaria.
Enquanto aguardava o inicio do concílio, lagrimas corriam em de seu rosto enquanto sua mão já sem a luva acariciava parte do desenho em baixo relevo da espada, a rosa e o Martim-Pescador entrelaçados que ocupava o centro da sala.


Após alguns minutos cerca de 10 cavaleiros entraram pelas 2 portas laterais de mogno negro.O próprio jovem sabia porque eles estavam ali, os mais altos cavaleiros das três ordens e presidindo a seção estava Lorde Gunthara o grão mestre da ordem. Eles formaram um circulo envolta do jovem candidato a cavalariço. Suas espadas foram colocadas no chão com a lamina voltada para o jovem e o cabo na direção de seu portador, o homem mais velho beirando cerca de 50 anos que estava a frente do jovem começou a pronunciar as frases em um tom grave que era relatado pelo Solamnico Antigo e pela geometria esférica da sala.
-Estamos todos aqui reunidos hoje para analisar o pedido de iniciação de cavalariço do Sr Brümm ColinaRei. Como todos sabemos nunca houve tanta notoriedade ou apreensão para um pedido de egresso aos testes.
O jovem Brümm apenas apertara os dedos de sua mão contra a própria palma como uma posição de soco, mas a força empregada fora tanta que gotas de sangue começaram a escorre por ela, sem levantar a cabeça e fintando apenas os pés do Grão mestre ele acenou a abaixou ainda mais.
O grão cavaleiro continuou.
- Você Brümm reivindica a herança do nome ColinaRei.
- Sim meu senhor. - Esta fora a resposta em meio a uma voz engasgada, não pelo choro ou pelo medo, mas sim ao que significava herdar o passado de sua família.
- Então você aceita a sua descendência do cavaleiro da Morte Lorde Soth que traiu os cavaleiros por bens e riqueza?
-Sim, meu senhor.
-Ou como seu avô General das forças de Palanthas Burt ColinaRei que por questões semelhantes a que levaram Lorde Soth também traiu os cavaleiros e ajudou, 40 anos atrás, os Cavaleiros de Neraka a se apoderararem de Palanthas?
-Sim, meu senhor.
-Justifique-se ao concílio, porque deveríamos aceita-lo a ter a honra de fazer os testes para Cavaleiro de Solamnia? Se sua família já nos traiu inúmeras vezes por dinheiro e poder.
O jovem cavaleiro levantou-se lentamente até sua altura tornar-se imponente diante de todos na sala, apesar das lagrimas visíveis em sua face que já apresentava uma barba espessa, sua expressão era serena e transmitia uma tranqüilidade duradoura. E com uma voz calma, porém grave e bem audível, o Jovem respondeu em Solamnico.
- Meu senhor como pode um filho, um neto, ser julgado e condenado por crimes os quais seus ancestrais cometeram?
Neste Instante o homem que estava atrás de Brümm o interrompe quase aos berros.
- Blasfêmia, estamos aqui para termos certeza que não nos trairá, como seus antepassados e mesmo que isso seja considerado um julgamento a aprovação dele não o tornara cavaleiro e sim lhe dar-te apenas o direito a requerer o titulo quando o mesmo fora merecido.
O homem ao lado esquerdo do grão mestre o auto clerista se pronuncia.
-Acalme-se Lorde Ivã, deixaremos o jovem acabar suas elucubrações. Perdoe-o, Jovem Brümm, pela desconfiança de todos aqui, mas você deve entender que sua herança não é um bom cartão de visita.
O jovem responde.
-Meu lorde não há nada para ser perdoado, todos os crimes relatados são verdadeiros, mas meu pai, que não teve a sua entrada aceita, lutou e defendeu Solamnia durante a Guerra das Almas. Morreu salvando muitas pessoas.
-Sim meu jovem, por esse motivo estamos lhe ouvindo para não cometermos os mesmos erros, devo a vida de minha família a seu pai.
-Senhor por esse motivo peço a chance de honrar não a minha família, mas sim a meu pai, e a tentar ao menos reparar os erros de meus antepassados. E pela memória de Paladin eu abandono o titulo de nobre e todos os meus bens herdados por direitos ou conquistados por meus antepassados glorificados ou dos hediondos.
O grão mestre se pronuncia novamente.
-Jovem ColinaRei, seus votos são sinceros? Abandonara qualquer bem material, ou poder em detrimento de sua lealdade com a Cavalaria?
-Sim, meu lorde.
-Os cavaleiros que estão de acordo com a citação de Brümm ColinaRei como escudeiro, ergam suas espadas.
Uma a uma das dez espadas foram levantadas na sala.
- Jovem lembre-se de que disse lorde Ivã "a aprovação dele não o tornara cavaleiro e sim lhe da apenas o direito a requerer o titulo quando o mesmo fora merecido". E o merecimento dara-se a partir de seus atos e comprimento de juramentos como os feitos aqui.
-Sim, meu senhor.
-Agora vá, e demonstre-nos que não erramos em julgar seu Caráter.
O sorriso já estava tomando conta de seu semblante, quando o lorde Ivã, agora mais calmo referiu-se novamente.
- Cuidado com a soberba, pois o orgulho pode ser tão inebriante quanto um jarro de vinho ou uma linda mulher, pago com dinheiro ou sangue.
Altivamente Brümm retirou-se da sala de conferencia.

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