domingo, 2 de maio de 2010

Preludio de Brumm parte 2

Mentiras ditas por muito tempo ou muitas vezes repetidas tornam se verdade.

Após alguns minutos a maioria dos cavaleiros retiram-se do salão de conferencia, restando apenas dois cavaleiros.
O grão Cavaleiro e Lorde Ivã. Ivã aproximou-se de seu mestre que fitava o desenho finamente trabalhado sob seus pés. Mas antes dele pronunciar qualquer palavra Lorde Gunthara começou a conversar.
- Ivan por quer levantaste a espada se esta em duvida.
- Pois acataria qualquer decisão do senhor. Mas...
- Continue Ivan. - Prosseguindo Ivan respondeu.
- Mas não tenho duvida que ele é um homem bom entretanto seus ancestrais também eram e nos traíram cavaleiros ou não.


- Ivan eu peço que me escute, a certos assuntos negros sobre os cavaleiros, que devem ser mantidos em segredo.
- Como assim meu senhor?
- Bem acho melhor termos essa conversa no jardim, lá o ar mais agradável, podes me acompanhar?
- Claro, meu lorde.
Os dois homens caminharam tranquilamente sem pronunciar uma única palavra, apenas admirando o caminho ricamente arborizado e calçado com pedras ladrilhadas, tendo apenas os barulhos de seus sapatos contras as folhas nos ladrilhos e sons dos pássaros e esquilos do bosque. Apos uns 4 minutos de caminhada pelo bosque eles se depararam com um pequeno lago em forma de chifre, por esse motivo ele tem o nome de lago Kiri-Jolith.
Ivan era um homem baixo mas extremamente forte, com marcas profundas de noites sem dormir mas ainda sim passando uma serenidade típica de um cavaleiro de alto posto. Observava atentamente seu mestre tirar uma espécie de saco branco de suas vestes, abri-la e atirar pedaços de pão na água, onde carpas vinham alimentar-se. O mestre ofereceu um pedaço a Ivan para também alimentar os peixes e ele prontamente pegou o pequeno pedaço.
Quando Ivan começou a atirar as migalhas no lago quarado de peixes; Lorde Gunthara começou a conversa.
- Sabe Ivan esse pão fora minha mulher que fizera.
Ivan surpreso olha para o Grão mestre que continua a falar sem desviar olhar dos pedaços de pão sobre a água.
- Ela gosta de cozinhar para mim ela acha que é um bom jeito de mostrar seu amor por mim, cozinhado invés de deixar os criados cuidarem disso. Mas, apesar de ser uma esposa devotada e virtuosa, os dotes culinários nunca foram seu forte, mas eu não reclamo e trago para meus ofícios todo o dia um pedaço de seu pão. E tratos os peixes. Ela acha que eu adoro a comida dela e para não mago-lá e fazê-la feliz omito a verdade. Você entende Ivan por que eu faço isso? Trago o pão que ela fez com tanto carinho e mesmo sendo quase intragável eu sou omisso e ela fica feliz?
Ivan neste momento olha para o pão em sua mão e tira um pedaço e coloca em sua boca, quase engasgando ele gospe e surpreso exclama.
-Pelos deuses você tem razão.
Lorde Gunthara soltara uma gargalhada da reação de seu discípulo e pergunta novamente.
-Você entende Ivan por que eu faço isso?
Ivan responde sem parar de olhar para o pão.
- Sim você oculta isso pelo amor que tens a ela, pois não ha mal neste tipo de ação.
- Errado! responde o mestre.
- Alem de minha esposa estar sendo enganada a minha alma aproxima-se mais de Takhisis, mas essa mentira é cômoda e para um bem maior a felicidade de minha família. Mas mentiras dita por muito tempo ou muitas vezes repetidas tornam se verdade.
- E nossa cavalaria também tem segredos, Lorde Ivan, muito obscuros e um deles é sobre a queda de Palanthas.
Lorde Ivan agora muda sua expressão pois ele nunca ouvira Lorde Gunthara falar daquela forma.
- Nos devemos mais aquele jovem do que você imagina Ivan, durante a queda de Palanthas Três dos quatro cavaleiros que eram responsável pela segurança de Palanthas nos traíram, voltaram-se para os cavaleiros de Neraska, e o avó de Brümm descobriu a traição e junto comigo lutou contra as forças auxiliadas por esses três decreptos.
Quando Palanthas caiu, Burt ColinaRei convenceu-me de colocar a culpa nele para assim livrar a cavalaria, pois atravessamos tempos difíceis desde a guerra das Almas, estamos desacreditados. E eu aceitei.
Lagrimas começaram a rolar dos olhos de Lorde Gunthara, enquanto ele desabafava tal fardo.
- Eu aceitei, para salvar o que mais amava, a cavalaria e a esperança na bondade resaltadas por Solamnicos.
Sua voz agora ficou seria e com o pano que contém o pão limpou seu s olhos e continuou.
-Um homem sacrificou a sua vida e de sua família pois ele sabia que seria plausível um parente de Lorde Soth trair nós. Mas na verdade Burt fora o homem mais honrado que eu conheci.
Somos como os peixes deste lago, não sabemos quem nós da o pão apenas nos revoltamos quando não o recebemos.
Neste instante Ivan coloca a mão sobre o ombro de Lorde Gunthara e pergunta.
- O jovem sabe deste ocorrido?
O mestre responde friamente.
- Não.
- Neste caso mestre gostaria de ser o patrono do jovem Brümm caso ele mostre-se digno de passar nos testes, como ele abdicou todos os bens materiais, eu proverei a armadura e a espada para ele quando tornar-se cavaleiro da espada.
O grão mestre finta-o nos olhos e responde.
-Não esperava coisa menor sua, meu amigo, e obrigado por dividir o fardo da queda de Palantas comigo, quando chegar a hora você poderá falar a verdade para Brümm.
A resposta venho junto com um sorriso amigo.
-Claro mestre, mas quando será esse momento?
-Você saberá, Ivan, você saberá.
Os dois homens voltaram-se para o lago e continuaram a atirar migalhas aos peixes no lago.
E lorde Ivan fala.
-Mentiras dita por muito tempo ou muitas vezes repetidas tornam-se verdade.
O mestre apenas balança a cabeça positivamente.

2 comentários:

  1. História muito boa e orignal. Interessante foi ver o desenvolvimento desse personagem durante a campanha, cada vez se sacrificando mais e mais pelos outros.

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  2. O legal é que a história não ficou no papel, o Alexandre foi competente em colocar em prática todas as situações de jogo influenciadas pela sua história. O dever, a relação com os cavaleiros, a história da sua família e sua personalidade.

    Brumm ColinaRei certamente será um personagem lembrado nas histórias contadas por bardos por toda Ansalon.

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